INDÚSTRIA: Bens de consumo semi e não duráveis recua 5,1% em agosto

09:55:37 - 03/10/2025 -

SÃO PAULO, 10/3/25 - Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis recuou 5,1% em agosto de 2025 frente a igual período do ano anterior e marcou a quinta taxa negativa consecutiva neste tipo de comparação. O desempenho negativo nesse mês foi explicado, principalmente, pelo recuo observado no grupamento de carburantes (-13,5%), pressionado, em grande parte, pela menor produção de álcool etílico. Vale citar também os resultados negativos registrados pelos grupamentos de semiduráveis (-8,8%), de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-2,2%) e de alimentos e bebidas básicos para consumo doméstico (-4,3%), influenciados, em grande medida, pelos recuos na produção dos itens telefones celulares, camisas, blusas e semelhantes de uso feminino (de malha ou não), calçados femininos de couro e de material sintético, calçados para esportes de material sintético, artefatos de alumínio para uso doméstico, sandálias e chinelos de material sintético, camisas, blusas e semelhantes de uso masculino (de malha ou não), cortinas e seus acessórios e vestidos (de malha ou não), no primeiro; cervejas e chope, açúcar refinado de cana-de-açúcar, sorvetes e picolés, café torrado e moído, balas, preparações em pó para elaboração de bebidas e complementos alimentares, suplementos vitamínicos e minerais, no segundo; e peixes congelados, no terceiro. Por outro lado, o único impacto positivo foi assinalado pelo subsetor de não duráveis (1,3%), impulsionado, em grande parte, pela maior produção de medicamentos e revistas periódicas impressas sob encomenda.

A produção de bens de capital, ao recuar 5,0% em agosto de 2025 frente a igual período do ano anterior, assinalou a terceira taxa negativa consecutiva e a mais elevada desde março de 2024 (-10,6%). Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado pelos recuos observados nos grupamentos de bens de capital para equipamentos de transporte (-10,2%) e para fins industriais (-4,1%), pressionados, em grande parte, pela menor produção de caminhão-trator para reboques e semirreboques, embarcações para o transporte de pessoas ou cargas, caminhões, veículos para o transporte de mercadorias e reboques e semirreboques, no primeiro; e de bens de capital seriados (-4,5%) e não-seriados (-0,4%), no segundo. Vale destacar que o grupamento de bens de capital para energia elétrica (-0,7%) também mostrou resultado negativo nesse mês. Por outro lado, os subsetores de bens de capital agrícolas (13,1%), para construção (5,2%) e de uso misto (0,4%) assinalaram os impactos positivos no índice mensal de agosto de 2025.

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, o segmento de bens de consumo duráveis, ao recuar 4,0% em agosto de 2025, intensificou a perda registrada no mês anterior (-3,4%) e marcou a queda mais elevada desde maio de 2024 (-10,5%). Neste mês, o setor foi pressionado, em grande medida, pela menor fabricação de eletrodomésticos da 'linha marrom' (-21,8%) e de automóveis (-3,1%). Vale destacar também os recuos registrados por eletrodomésticos da 'linha branca' (-8,7%) e móveis (-6,2%). Por outro lado, os principais impactos positivos foram assinalados por motocicletas (14,8%) e pelo grupamento de outros eletrodomésticos (2,3%).

O setor produtor de bens intermediários mostrou expansão de 2,0% em agosto de 2025 frente a igual período do ano anterior e assinalou a sexta taxa positiva consecutiva neste tipo de comparação. O resultado deste mês foi explicado, principalmente, pelos avanços nos produtos associados às atividades de indústrias extrativas (4,8%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,5%), de produtos alimentícios (3,4%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (4,6%), de celulose, papel e produtos de papel (6,4%), de produtos têxteis (10,5%) e de máquinas e equipamentos (0,5%), enquanto as pressões negativas foram registradas por produtos de metal (-8,6%), produtos de minerais não metálicos (-2,8%), produtos químicos (-1,7%) e produtos de borracha e de material plástico (-1,4%). Ainda nessa categoria econômica, vale citar também os resultados negativos assinalados pelos grupamentos de insumos típicos para construção civil (-4,3%), que apontou o terceiro mês seguido de queda na produção; e de embalagens (-7,1%), que marcou a quinta taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação e a mais elevada desde abril de 2022 (-8,6%).
(Redação - Agência Enfoque)

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